Nossa querida amiga Eliane,
escreveu um dos mais belos depoimentos que já li sobre sua participação na
Mocidade; e com palavras simples mostra quantos benefícios a amizade pode
trazer para todos nós.
Custo a eleger uma só
palavra que designe o papel da mocidade em minha vida. Estar nela foi essencial
para a minha maturidade moral. Recordo do primeiro dia em que adentrei a
Associação Espírita Vidal da Penha á procura de um grupo de jovens. Curiosamente
naquele dia iniciaria as atividades da mocidade, que até então não existia, a
não ser na imaginação de meus amigos Mateus e Henrique. Foram eles que deram o
primeiro passo, mesmo sabendo que poderiam ser os únicos a frequentar as
reuniões. Eu fui só mais uma a compartilhar esse sonho. Éramos apenas três. E a
"tia" Sílvia nos evangelizando.
Quatro anos depois me
surpreendo ao ver o quanto crescemos, hoje estamos em 13. Muita gente pra levar
aos eventos. Muita boca pra alimentar nas viagens. E ao mesmo tempo,
enfrentando essas dificuldades são 26 mãos que colaboram trabalhando. Claro que
há os que ajudam menos do que podem, mas nesses casos sempre buscamos relevar. Com a convivência nota-se que o aprendizado
vem com o tempo.
Durante todo esses
anos alguns ficaram no caminho, outros viram que se encaixavam melhor noutra
atividade, ainda dentro da casa e há também os que nunca mais foram vistos. Mas
cada um, mesmo que sem preceber, deu sua colaboração. Seja na entrega de algum
panfleto, na organização das cadeiras ou simplesmente por comparecer e
partilhar algum pensamento ou experiência de vida. Sem isso não chegaríamos tão
longe, firmes e fortes.
Estou com 18 anos.
Sim, falta pouco para que eu deixe o grupo. O mesmo que me amparou nas
tempestades da adolescência e que me possibilitou construir grandes laços de
amizade, sem os quais hoje eu não seria a mesma. O mesmo pelo qual serei
eternamente grata, por ter me ajudado a aperfeiçoar a escrita ao escrever
textos para este jornal. É justamente por essa oportunidade que leio e releio
cada linha antes de publicar, até porque a intenção não é me auto-promover e
sim passar adiante os ensinamentos de Jesus com toda honestidade que um jornal
sério, como o Vinha de Luz, merece.
Sem melancolia porque
os espíritos nos avisam a não dar vazão a esse sentimento. E mesmo disposta a
passar os próximos 50 anos na mocidade sei bem que daqui á dois a casa me
convidará a outras atividades. Trabalhar e estudar a doutrina como sempre fiz.
E é relembrando as reflexões da nossa querida Cerli (quando eu era mais nova e
nem tinha noção do que ela estava sentindo) ao dizer: "Ah, como era bom o
meu tempo de mocidade" que me proponho aqui a aproveitar cada encontro,
procurando dar o melhor de mim, olhando em volta e percebendo quem precisa de
uma palavra amiga, não recusar as tarefas que me são encarregadas. Enfim, fazer
a minha parte pra que este grupo persista e ainda possa contribuir na vida de
muitos e muitos outros jovens, que assim como eu buscam aprender e
consequentemente obter um conforto espiritual.
Eliane
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