Cap 48 – Culto
familiar
André Luiz participara de um encontro familiar cuja
organização se assemelhava às reuniões espíritas. Na sala, a família de Lísias
estava reunida e Dona Laura esperava a visita do Ministério da Comunicação para
tentar a comunicação com seu futuro esposo, o qual já se encontrava encarnado.
“A disposição dos móveis era mais simples. Enfileiravam-se poltronas
confortáveis, doze a doze diante do estrado, onde o Ministro Clarêncio assumira
posição de diretor, cercando-se da senhora Laura e dos filhos. A distância de
quatro metros, aproximadamente, havia um grande globo cristalino, da altura de
dois metros presumíveis, envolvido, na parte inferior, em longa série de fios
que se ligavam a pequeno aparelho, idêntico aos nossos alto-falantes.”
O desdobramento de
Ricardo estava prestes a se dá, entretanto Clarêncio solicitara vibração e
sintonia de pensamentos de todos. Lísias e suas irmãs tocaram harmoniosamente
instrumentos – Piano, harpa e cítara. Cantaram, em seguida, alguns versos, os
quais André encontrou dificuldade em frasear.
O
globo cristalino , no centro dos presentes, se fez cobrir de substância
leitoso-acinsentada, dando a forma, em seguida, de uma figura humana. Era
Ricardo que se fazia entre o grupo e tomado por forte emoção cumprimentara a
todos. Ele, por sua vez, se mostrou grato pela oportunidade de está com seus
familiares e revelou que procurara está, junto a todos, no caminho das esferas
superiores. Seu tempo naquela reunião era restrito e, sabendo disso, Judite,
sua filha, mostrava-lhe sentimento apertado de saudades. Ainda assim, Ricardo a
consolara e logo despede-se de todos pedindo que seus familiares, pedissem em
prece ao Senhor, para que ele não dispunha, na Terra, de facilidades “afim de que a luz da gratidão e do
entendimento permaneça viva em seu espírito.”
Após a emocionante comunicação, André se dirigiu ao
estrado, onde foi surpreendido com o convite de Clarêncio. O Ministro
convidara-o, a ir junto com ele e Laura às esferas terrenas, rever sua família.
“Possuído de júbilo intenso”, André aceitou o tão esperado convite, expressando
lágrimas entre um sorriso.
Cap 49 –
Regressando à casa
André Luiz, já nas zonas
terrenas, despedia-se do grupo, mais especificamente a Laura, que agora estava
muito próxima de encarnar. Ao se aproximar da cidade, o visitante, cheio de
boas lembranças, nota que não foram poucas as mudanças que ocorreram em sua
ausência. Já em seu lar, continuava a perceber as alterações físicas que
diferenciavam o ambiente. Ao adentrar ao lar, encontrara sua filha mais nova,
vendo que já não era a mesma em aparência. Em seguida via Zélia saindo de seu
quarto acompanhado de um homem, que André julgava ser médico, devido as vestes.
Não eram poucas as mudanças que
ocorreu com o passar do tempo e André estarrecia-se. Tentou comunicar-se mas
logo notou a ineficácia de seu grito. Notando o “entra e sai” do quarto,
verificou a presença de Ernesto e o quanto Zélia era apegada a ele. Logo o
tomou como intruso, notou criaturas ao seu redor lhe prejudicando a saúde.
Percebeu também que Zélia tratava-o com apego e afeto.
Estarrecido, o visitante
refletia as mudanças sem chegar a nenhuma conclusão. Conseguiu então o conselho
de Clarêncio, que voltando da missão a qual se submetera, o esclareceu sobre o
principal ensinamento do Mestre. Foi aí, então que André mudou sua visão sobre
o atual esposo de Zélia. Reviu todos o aprendizado que ensaiou em Nosso Lar e,
doravante, via Ernesto como um irmão.
Cap 50 – Cidadão de “Nosso Lar”
Ao entrar no quarto, já com o
pensamento refeito em concórdia e entendimento, com uma nova visão de Zélia e
Ernesto, tentou a princípio, aplicar uma passe e afastar as sobras que cercavam
o doente. Entretanto, nada conseguiu. Foi então que, em prece, pediu a presença
e auxílio de Veneranda, a quem se afeiçoou na colônia. Para sua surpresa, em
pouco tempo a entidade encostava a mão em seu ombro, entendendo de pronto a
situação.
Foi um passe a primeira ação da
Ministra em favor do enfermo. Logo chamou André a um local próximo onde a
Natureza estivesse presente. Em prece, fez solicitar entidades responsáveis
pelo vegetal, e foi orientada a colher os fluidos emanados por algumas árvores,
daí então, tinha-se uma mistura que foi tratada como o remédio adequado ao
paciente.
Aplicando o medicamento em
Ernesto durante a noite, André percebe melhora notável e que Zélia estava
radiante de felicidade. André e Narcisa tomavam a direção da Colônia por meio
da volitação, meio pelo qual nunca experimentara e ele já com os pensamentos
refeitos e, tendo os companheiros que atendera como irmãos, sentia-se melhor,
percebendo que quebrara uma de suas dificuldades morais.
E,
com a habilidade da volitação adquirida, André Luiz passa a visitar durante os
outros dias da semana até que Clarêncio terminasse sua tarefa aqui na Terra. E
o Ministro lhe encontrava todos os dias em seu antigo lar, vendo que André
trabalhava de forma rápida e eficaz, para que Ernesto tornasse a saúde. Agora,
com o espírito leve, retornava a Nosso Lar com o seguinte pensamento: “Com que
sabedoria dispõe o Senhor todos os trabalhos e situações da vida! Com que amor
atende a toda a Criação!”
Ao aproximar-se da entrada da
colônia, André viu cerca de duzentas pessoas que lhe recebiam, dando-lhes as
boas vindas e os méritos pelo trabalho realizado. E sem saber o que dizer,
ouviu de Clarêncio a revelação de que fora, durante este tempo seu pupilo e que
de agora em diante passaria a ser um Cidadão de Nosso Lar. Verteu-se em
lágrimas e abraçou a todos carinhosamente.
[FIM]
A Mocidade Espírita Vidal da
Penha, encerra o estudo do livro Nosso Lar com muito entusiasmo. Foram muitos
os “O que rola” escritos aqui no blog, muitas as atividades acerca dos
ensinamentos descritos por André e, para consagrar e comemorar este encerramento
nosso grupo fará o II Enlace (Encontro Lúdico e Artístico no Centro Espírita),
com o tema “Cidadão de Nosso Lar”. Convidamos a todos os jovens espíritas, que
leram ou admiram a obra a comparecer ao evento.
*Imagens ilustradas: www.projetoimagem.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário